sábado, 25 de dezembro de 2010

Este ano as nuvens não abriram. Escondem as estrelas e tentam fazer desaparecer memórias, outros anos em que havia quem visse as estrelas e sonhasse com um mundo onde a felicidade anda de mão dada connosco.

Chove e tenho frio.

Vou ver o presépio. Olho o Menino, a Sagrada Família. E em cima o Anjo que tinha posto há pouco, bem me parecia que faltava qualquer coisa quando o fizémos. Fico a absorver um mundo sem Tempo, onde o pastor guarda as ovelhas, os Reis prosseguem a sua viagem encaminhados pela Estrela, onde o simples musgo é árvores, planície e fantasia, onde reina a Paz.

Então percebo que o Menino sorri atrás das nuvens e fico a sentir os pingos frios da chuva na cara. E lembro-me que uma das mensagens do Natal é tentar descobrir as bençãos onde menos parece que as há, e agradecer. Ter esperança.

E lá no alto, acabo por ver as estrelas brilhar.

1 comentário:

  1. É maravilhoso ler aquilo que escreves...é feito com alma!

    Não deixes nunca esse teu talento.

    ResponderEliminar