domingo, 19 de setembro de 2010

Ser é quase

Ser é quase.
É um colóide, uma substância translúcida,
uma névoa, uma neblina,
que é dissipada pelo sol da morte.
A morte é deixar de ser,
transforma a energia do ser,
do amor, do ódio,
numa energia sombria, escura, de luto,
de esquecimento.
Mas que importa que um breve nevoeiro,
caia e esteja destinado ao esquecimento?
Ser é indefinição.
Nem nada se consegue ser,
é impossivel ser nada,
e assim, também e impossível ser tudo.
Ser é uma forma pouco nítida,
onde se mistura uma escuridão
como a morte e uma luz
como Deus.
Ser é efemeridade, beleza, arte,
é imperfeição, é falta.
É quase. É vida.

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